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São José do Rio Preto, SP, Brazil
Sou um seguidor do Autor da vida. Nele encontrei a razão da minha existência. O que tenho vivido é resultado de um relacionamento de amor com o Deus criador. O que sou nada mais é do que, simplesmente um agracidado pela Dádiva da vida e da Salvação que recebi em JESUS CRISTO. Bom, eu sigo o mestre! E particularmente falando. Meu trabalho é à serviço do Rei dos reis. Sou ministro dessa graça que recebi, ministro do evangelho do Senhor. Então tá esse sou eu.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Restaurando a espiritualidade

RESTAURANDO A ESPIRITUALIDADE DE PEDRO

A humanidade busca por uma espiritualidade profunda e abrangente. Perdido nessa busca, o mundo tem buscado, à semelhança do povo no deserto, um bezerro de ouro a quem adorar e venerar.

A questão é que, no início, tudo parece bom. A magia funciona, me sinto motivado, encorajado, mais forte e com o sentimento de que nada poderá me atingir. Mas à medida que o tempo vai passando, parece que a magia não faz mais diferença.

Um sentimento de esgotamento, impotência e frustração entra em cena e transforma toda euforia em um vale de ossos secos, sem cor, sem movimento, sem vida. Um deserto árido e seco.

Quem vive essa realidade se sente derrotado e começa a desacreditar no próprio Deus. A fé é abalada, de forma que hábitos que outrora traziam tanto prazer e realização tornam-se vazios de significados e relevância.

Porém, está emergindo dentro das comunidades cristãs grupos que decidiram buscar, dentro da espiritualidade bíblica, um modelo de relacionamento que torne realidade um relacionamento com Deus profundo e abrangente.

O livro “Porque você não quer mais ir à Igreja” tem se tornado um clássico para aqueles que se frustraram com a religiosidade que produz feiticeiros com poderes sobrenaturais, que se exibem em verdadeiros shows ao custo da alienação, massificação e, óbvio, o levantamento de uma boa oferta para manter a “obra do Senhor”.

Vamos, olhar juntos para a Palavra de Deus e ver, como Jesus apresentou essa espiritualidade:

Contexto: Morte/Ressurreição/Crise Vocacional/Resignação/Volta à velha vida (pesca)/Aparição de Jesus;

Jesus Restaura a Espiritualidade de Pedro a partir do relacionamento

Como você reage diante de uma traição? Seja um cônjuge, um filho, algum parente, amigo ou sócio, não importa. Todas as vezes que somos traídos nos sentimos frustrados e derrotados, enganados...

Eles haviam acabado de fazer uma refeição juntos. Isso é comunhão, mas Jesus sabia que Pedro não estava bem. Estava frustrado com a sua própria espiritualidade. Como foi capaz de negar o Mestre, a quem prometeu seguir?

Nossa história se confunde com a de Pedro. Quantas vezes você disse: “Por ti darei minha própria vida!”. E quando foi confrontado com os desafios da vida fugiu e se escondeu como Pedro?

Essa espiritualidade levou Pedro ao fundo do poço. Vocacionalmente, ele se enterrou, acabou seu ministério, seu ímpeto de realizar coisas. Por isso, Jesus quer restaurá-lo. E faz isso, primeiramente, através do relacionamento.

Primeiro tomam uma refeição, depois da sobremesa, enquanto saboreia um cafezinho passado na hora, Jesus puxa conversa. Diálogo. Olho no olho, coração no coração. Palavras que transformam o coração daquele homem embrutecido pelas decepções dos últimos dias.

Ao se relacionar Jesus diz a ele: Pedro, não mudou nada. Eu continuo aqui.

A iniciativa de Pedro foi de fugir, mas Jesus vai até onde ele está para conversarem como faziam antes, quando “aparentemente” estava tudo bem.

É através do diálogo, do comer junto, do olho no olho, que Jesus começa a amolecer o coração de Pedro.

Por isso Paulo exorta aos Tessalonicenses dizendo: “Orai sem cessar”.

Aqui, Jesus se revela a nós. Cremos na presença do Senhor nesse lugar e, nesse momento, é Jesus olhando nos olhos, falando conosco. Diálogo.

Jesus Restaura a Espiritualidade de Pedro Através da Dúvida

Pedro nunca teve muito sucesso em suas interlocuções com o Mestre. Quando Jesus questiona sobre o que as pessoas dizem a seu respeito, os discípulos respondem, mas quando Jesus torna a pergunta um pouco mais pessoal: Quem vocês dizem que eu sou? Pedro toma a dianteira e declara: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!” Mateus 16.16, então Jesus faz aquele jogo de palavras que mostra a Pedro quem ele realmente é: Tu és Pedro...

Aqui, mais uma vez Pedro cai na pegadinha de Jesus. Jesus lança um questionamento tríplice: Pedro tu me amas?

Cada língua tem suas particularidades. Por exemplo, dizem (não sei se é de fato) que somente o português possui a palavra saudade. Não há tradução mecânica para essa palavra.

A língua grega é muito interessante e rica em significado. Particularmente acho que perde para o hebraico, minha grande paixão lingüística. Mas de forma inversa ao exemplo que acabamos de ver, aquilo que para nós brasileiros é só amor, no grego se define, ou nomeia, por pelo menos quatro formas diferentes.

Neste texto, Jesus utiliza de duas formas para lançar dúvida sobre a espiritualidade de Pedro.

A primeira forma Jesus utiliza o termo ágape: Simon Iona, agapas me pleion touton. E, no versículo 15, Jesus estabelece um parâmetro para medir esse amor: Você me ama mais que estes? Ágape, diz-se do amor espiritual, é o amor divino, o amor do próprio Deus.

Jesus pergunta duas vezes e Pedro responde: Tu sabes que sim.

Na terceira vez, Jesus faz a mesma pergunta, mas se utiliza da forma phileo para designar o amor. Phileo é afeição, amizade, querer bem.

Se a dupla repetição traz constrangimento ao coração de Pedro, imagine a punhalada que foi ouvir: Pedro você gosta de mim?

E então Pedro se entrega e diz: “Tu sabes todas as coisas e sabes que eu te amo”.

Sim, Ele sabe que Pedro o ama apesar de seu egoísmo, de sua vacilação, de sua impulsividade, de seus ímpetos inconseqüentes, de suas coragens pouco resistentes, de seus vícios de fuga...

Aqui Pedro é tratado de forma dura, mas profunda. O seu amor, a sua fé, a sua fidelidade àquele a quem havia seguido por tanto tempo foi colocada em cheque. De forma amorosa, sim, mas constrangedora.

Jesus não queria explicações ou justificativas para as ações incoerentes do seu discípulo-amigo. Jesus queria mostrar a Pedro que não é o “seu” amor que sustenta a espiritualidade, mas o amor do Pai na vida dEle que deve constrangê-lo a vivenciar um relacionamento profundo e abrangente com Cristo.

Jesus Restaura a Espiritualidade Pedro Através da Dupla Missão

Quando Jesus torna Pedro (gente como nós: inconstantes, egoístas, idólatras e que fogem sempre que somos pressionados afugentados pelo medo causado pela frágil espiritualidade desenvolvida ao longo da vida) consciente do seu amor pelo Mestre, Jesus diz: muito bem, agora você está pronto para pastorear o meu rebanho.

Jesus lança esse primeiro desafio de cuidar daqueles que são do Pai.

Mas há uma segunda missão que, na verdade, deve se antecipar à primeira: Jesus diz: siga-me. Seja meu discípulo, caminhe pelo meu caminho, viva a minha vida, aprenda com a minha espiritualidade.

Para Refletir e Praticar:

1.Você gostaria de conhecer a Deus de forma pessoal e íntima como acontece com Pedro? Por que não?
2.Você está pronto para se render a uma relação com Deus determinada pela iniciativa e agenda dEle e não da sua?
3.Você está atento ao mover de Deus em sua direção, criando os cenários necessários para trabalhar em sua vida, curando sua alma e resgatando sua história?


Rev. Paulo José Paschoalino

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